Talvez possa ser cedo demais para este ainda jovem notário pensar em uma aposentadoria. Mas, não deve ser tarde o planejamento futuro, porque ainda que tenhamos amor pelo que fazemos, as energias diminuem, e, chega o momento que temos que parar.

Sei que ser notário ou registrador pulsa no sangue. Algo enigmático. E para mim que nasci, ao lado da família, em escrivaninha tabelioa, é uma paixão.

Desde o advento da Lei 8.935/94, os notários e registradores, admitidos por concurso público, passaram a ser regidos pela Previdência Geral (INSS), cujo teto máximo é de apenas R$ 3.280,00, mais ou menos. Isto se contribuirmos com R$ 656,00 mensais.

É lastimável o valor ínfimo de uma aposentadoria, quando dela precisarmos, sendo certo que a nossa contribuição é extremamente onerosa. Acontece que os titulares de serventias deficitárias não conseguiram pagar muito, correndo-se o risco de ficarem, no final, com uma mísera aposentadoria, do tipo de 01 salário mínimo, para os que contribuem com R$ 93,00.

Outra alternativa é possuir previdência privada e outros fundos de aplicação mais duradoura. Eis são poucos os titulares que conseguirão fazer ao longo da carreira uma planejamento digno, para quando não puderem mais exercer esta digna e sofrida profissão.

Meu apelo aqui é no sentido de buscarmos alternativas para o pequeno e médio delegatário das Notas e dos Registros.

Rogério Marques Sequeira Costa

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